quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Literatura e Gastronomia

Num desses encontros casuais onde duas pessoas se cruzam, podendo conversar, não conversar. Quantas vezes pessoas se encontram e nada conversam. Não foi este o caso acontecido num sebo em Porto Alegre.
Encontrei alguém que gosta de livros, um senhor desconhecido, quando nos apercebemos o papo corria solto, uma conversa sobre escritores. Eu havia adquirido um livro “Feijão, Angu e Couve”, o senhor desconhecido teceu comentários, não ao título e sim ao autor: “um raríssimo escritor”.
Há algum tempo atrás, falei do porco como protagonista das festas natalinas e de ano novo, agora digo com respeito ao trabalho de Eduardo Frieiro, para ser mais feliz na titulação do seu livro deveria ter o título de Feijão, Angu, Porco e Couve, pois o mesmo não está explicito no título, mas se encontra implícito no belo ensaio gastronômico da comida das Minas Gerais, o porco é ingrediente quase que inseparável da cozinha mineira, um patrimônio cultural do nosso Brasil, o livro pode ser encontrado na estante virtual. A comida que retrato é o tutu guarnecido por lingüiças ou torresmo que este artesão coloca a disposição dos nossos gastrônomos. Tudo inspirado no gostoso livro.

Tutu à Mineira

“São inúmeros os feijões mexidos no Brasil todos eles advém da culinária de tropeiro, revirado de feijão no Rio Grande do Sul, virado à paulista de São Paulo, feijão tropeiro de Minas Gerais e ainda o virado à Goiana. Há diversas incrementações, desde a variação do tipo de farinha, de mandioca ou milho ou o acrescentamento de ingredientes como, lingüiça, charque, ovos e couve. Enfim uma culinária típica do Brasil”.

Ingredientes:

01 kg de feijão;
03 colheres de sopa de óleo;
01 cebola picada;
03 dentes de alho amassado;
1 molho de cheiro verde;
Farinha de mandioca o quanto baste.

Modo de Preparo:

Deixe o feijão de molho de véspera, no dia seguinte cozinhe-o até que fique macio, mas sem desmanchar. Reserve. Aqueça o óleo refogando a cebola e o alho, junte uma concha de grãos de feijão sem o caldo, e a cebolinha verde. Deixe refogar um pouco e liquidifique. Bata o restante do feijão no liquidificador e volte com tudo a panela mexa bem e vá adicionando a farinha de mandioca. O tutu deve ficar consistente, mais cremoso jamais seco, pode ser decorado com ovo e lingüiça frita, podendo ainda ser servido com bisteca de porco, e couve a mineira.   

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Novos Comentários Atelerianos


Patrícia Wells é uma escritora americana radicada há muitos anos na França. Autora de alguns livros famosos de gastronomia. Dá bastante ênfase aos produtos de época por tornarem a culinária gostosa, pois são produtos frescos e baratos quando há bastante oferta.
Na nossa região produtos que momentaneamente estão sendo vendidos a preço em conta são a batata e o tomate. Do livro “Minhas Receitas da Provence”, a inspiração para duas receitas que podem ser de muita boa qualidade e de bom preço para quem consome.

Batata Gratinada
O que eu afirmo é que, se um homem gosta realmente de batata, deve ser um tipo de pessoa bem descente.
A.A. Milne
Utensílio para feitura do prato:
Uma refrataria

Ingredientes:
1kg e meio de batatas descascadas e partidas em rodelas não muito grossas
1 pacote de leite integral
100 gramas de parmesão
Noz-moscada ralada na hora
Sal e pimenta a gosto
1 dente de alho descascado e repartido ao meio
50 gramas de manteiga

Modo de preparo:
Passe o alho na refrataria para aromatizar a mesma. Ferva as batatas para que as mesmas fiquem levemente cozidas, tempere com os condimentos, sal, pimenta e noz-moscada. Acrescente a manteiga derretendo e leve a refrataria. Cubra com parmesão e deixe no forno até quando estiver dourada. Sirva com uma salada verde e um vinho branco de boa qualidade.

Tomates assados a provençal

Ingredientes:
1kg de tomates maduros
Meia xícara de azeite extra virgem
Orégano
Sal
Pimenta

Pode ser transformada num prato mais substancial, cobrindo com uma colher de pesto e queijo parmesão ralado na hora.


Modo de preparo:
Ponha meia panela de água a ferver, corte os tomates em cruz e coloque na água fervente. A pele se soltará, enxugue e leve a refratária regando com azeite e os temperos, orégano, sal e pimenta. Ponha no forno e espere assar até que as beiradinhas estejam levemente dourada, cerca de trinta e cinco ou quarenta minutos. Pode ser servido com uma polenta opcionalmente com algum tipo de filé.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

File ao pesto com pimenta rosa (uma nova especialidade do Atelier)

Prestação de serviço

O atelier oferece feitura de banquetes na sua casa, cardápios especiais de cozinha típica, italiana, portuguesa e francesa (bacalhaus, massas e filés).
Área de atendimento, Vale do Taquari.

Fone: (51) 3753-2607



           Pesto, prato da cozinha da ligúria tendo como ingrediente principal o manjericão. “O nome pesto provém de pestare, bater ou como nos dias de hoje liquidificar, e o molho faz-se esmagando o manjericão, alho, azeite, queijo pecorino na Itália, no Brasil parmesão, também na Itália pinole, que pode ser substituído por nozes ou castanha do Pará.
A feitura do filé pode ser com o mesmo grelhado aos medalhões em chapa ou frigideira untada com azeite de oliva. Na montagem recebe sobre si um pouco de queijo parmesão ralado e o pesto. A pimenta rosa será colocada no final do prato, para decoração.    
O file terá leve emersão em redução de balsâmico, conforme a receita que segue:

Molho balsâmico

Ingredientes

1 dente de alho
2 colheres de aceto balsâmico
Meia colher de chá de tomilho
6 tomates secos cortados ao meio
300ml de molho demi-glacê ( molho escuro tipo madeira)

Pode-se usar os tipos oferecidos de molho madeira dos supermercados e incrementar com um pouco de caldo de carne.

Modo de Preparo

Misturar todos os ingredientes, levar ao fogo e fazer uma redução a dois terços.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Leitão (porco, bácoro e bacorinho)

Leitão a Poruruca, leitão a bairrada ou uma cozinha mista luso-brasileira.


Leitão influência gastronômica de Portugal, se come geralmente assado. Muito divulgado na prosa de Eça de Queiroz: “a fardeta desapareceu, sem rumor, como sombra benéfica. E eu adormeci com o pensamento em guiões, onde tia Vicência, atarefada, de lenço branco cruzado no peito, decerto já preparava o leitão.” Prato típico artesanato do Atelier neste final de ano.
            Deixamos as ceias natalina e de ano novo de lado e estimulados pelo calor senegalesco aqui do Vale do Taquari, falamos de pratos mais leves. Uma salada a portuguesa e um arroz a grega. Este último um clássico de antigos banquetes. Hoje um tanto desbancado por risotos e massas, mas não perdeu sua antiga classe e leveza. Sendo ótimo acompanhamento para filés e assados. A salada serve como guarnição e antepasto:

Arroz a Grega

Ingredientes:
1Kg de arroz parabolizado
1 pimentão vermelho
1 pimentão verde
1 pimentão amarelo
100g de passas pretas
100g de passas brancas
Pepino a gosto
Azeitona a gosto
1 cenoura pequena
1 cálice de vinho branco seco
50g de manteiga

Modo de preparo:
Faça o seu arroz normal numa panela média usando somente sal e óleo de milho. Embeba as passas em vinho branco deixando hidratar. Pique milimétricamente os outros ingredientes reservando. Podem até ser misturados. Derreta a manteiga em uma frigideira e acrescente todos os ingredientes dando uma leve esquentada. Pode se dar um toque final com mais um pouquinho de vinho. Misture tudo ao arroz e pode ser servido. Deve ficar bem soltinho.

Salada a Portuguesa

Ingredientes:
Folhas de alface americana
1 batata cozida
Vagens
Ovo cozido
Azeitona preta
Cebola roxa (feita em finíssimas rodelas)
Opcional algumas lascas de bacalhau ou anchova
Vinagrete (vinagre, azeite de oliva, pimenta, sal)

Modo de preparo:
Forre uma vasilha com alface rasgada aos pedaços. Coloque um macinho de vagens, o ovo partido em quartos, da mesma forma a batata. Por último a cebola em rodelas, os pedacinhos do opcional e encerrar com as azeitonas pretas. Regue com o vinagrete e estará pronto o seu antepasto ou a sua guarnição.