terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


Um livro e a difusão da cultura açoriana através da: “cozinha pesqueira catarinense”

            O livro é um achado de sebo desses que levam algum tempo a gente prestar atenção, mas que uma vez pegos para serem lidos gratificam. O livro é uma relação de receitas com variadas espécies de peixes. Uma viagem pelo litoral de Santa Cataria a falar de Floripa (Florianópolis), Itajaí, Porto Belo, Penha, Laguna, Biguaçu... É um estímulo a gastronomia e fez com que esse artesão fizesse um prato simples, mas muito gostoso. Não podia deixar de ser uma comida que não tivesse a ver com as raízes dos Açores, um peixe muito valorizado por aquele povo, a Abrotéia. Coisas do artesão. Não faltou também o escrito da aba do livro, divulgando o mesmo, o autor Beto do box 32, um ícone da boa cozinha catarinense.

Abrotéia à moda catarina.

Ingredientes:

- 3 filés de abrotéia (também chamado de congrio nacional)
- batata
- cenoura
- couve (opcional)
- alcaparras
- azeite
- sal
- pimenta do reino
- limão
- farinha de trigo

Modo de preparo:
 
            Temperar os filés com sal, pimenta e limão. Passe os mesmos pela farinha chapeando-os em frigideira ou chapa. Reserve-os. A parte cozinhe as batatas e a cenouras e as couves se forem da sua preferência. Descasque as batatas e as cenouras reservando. Faça um molho com limão, alcaparras, pimenta e azeite. Tendo o cuidado de experimentar, pois as alcaparras já são salgadas. Monte o prato colocando os filés numa refratária. Cerque-os com os legumes e por último coloque o molho e as alcaparras sobre os mesmos. Sirva com salada verde e arroz branco, podendo ser acompanhado por um vinho branco seco.





 Abrotéia à moda catarina o prato pronto a ser servido. Culinária Açoriana.


 


Receita retirada do livro Cozinha Pesqueira Catarinense. Projeto de resgate e difusão da cultura Açoriana em Santa Catarina.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Iguarias do Pará

            Esse artesão recebeu do casal Gilberto e Marlisa iguarias do Pará. Ingredientes exóticos daquela cozinha tem feito o encanto gastronômico de chefs internacionais, que buscam uma gastronomia diferente. Vendo no Brasil um paraíso de diversidade. Os produtos que recebi dos amigos radicados no Pará foram: tucupi, pupunha, jambu e uma farinha de mandioca amarela que na feitura da farofa não perde a cor. Fazendo um prato maravilhoso e de excelente visual.
            Iniciei a minha degustação das iguarias paraenses pelo fruto pupunha, muito parecido com o butiá e que cozido tem o gosto do nosso pinhão, na cozinha típica do Pará faz um bolo, uma mistura com leite de coco ovos e farinha.
            Falei que a farinha não perde a cor porque esse artesão depois de ter provado a pupunha fez um almoço simples mas experimental, uma farofa miscigenada aos meus amigos Gilberto e Marlisa o meu agradecimento.
           
Farofa Miscigenada.

Ingredientes:
- 200g de farinha amarela do Pará
- 100g de manteiga
- 3 ovos cozidos duros
- 1 pimentão verde
- 10 azeitonas pretas portuguesas
- sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
            Derreta a manteiga não deixando tostar, leve as azeitonas e o pimentão cortado em cubos, cuidando para que não sapeque. Quando esses dois ingredientes estiverem lustros coloque a farinha e revolva até o ponto que lhe agradar. Por último os ovos cozidos e picados. Acerte os temperos e sirva com suã ou bistécas de porco chapeada temperadas com sal, pimenta e limão.
 
 
 
 
Farofa Miscigenada:
Farinha de mandioca indígena, azeitonas portuguesas, manteiga e pimentão. Um composto de cultura diversa e o acompanhamento do suã, por isso miscigenada.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Churrasco à Francesa

Inspirado no filé au poivre esse artesão em um dos domingos de refeição familiar resolveu fazer uma inovação. Inventando uma maminha assada no espeto que transforma-se em um prato francês.
A receita é simples e qualquer admirador de gastronomia pode fazer de maneira fácil o prato.

Ingredientes:

1 peça de maminha ou chapéu de bispo como é conhecido no Rio Grande do Sul
Sal grosso a gosto
2 colheres de sopa de pimenta do reino verde em grãos (a pimenta é encontrada em delicatsse ou lojas especializadas em temperos)
50g de manteiga

Modo de preparo:

Espete a maminha, temperando-a com sal grosso. Asse na brasa com o ponto a seu critério, a parte em uma frigideira derreta a manteiga juntando a pimenta. Esquente bem mas não ferva em demasia. Reserve. Bata o sal da maminha, retirando a mesma do espeto e colocando-a em uma refrataria. Sobre a mesma derrame a manteiga e a pimenta verde que dará gosto e decoração ao seu prato, pode ser servida com arroz e batatas portuguesas, isso é, batatas fritas em rodelas. Uma salada verde da o fecho para o seu prato.





Churrasco à Francesa, uma invenção do artesão João Manoel

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Mix do Artesão        

         A revista Gula deste mês de fevereiro de dois mil e doze publica “a receita do cheff” onde diversos gastrônomos são enfocados em seus pratos, que podem servir como salada ou antepasto. Todas as receitas em sua maioria são um mix de folhas verdes, não significa que tubérculos não podem ser usados, guarnecidos ou acompanhados por outros acepipes.
          A função do antepasto consiste na preparação do estômago para o prato que vem a seguir. O visual também é importante e a variedade de ingredientes faz uma mistura de cores que é atrativa no prato. O antepasto ou salada do artesão em “O Atelier” é um mix de folhas verdes, rúcula e alface acompanhado de ovo de codorna, azeitona, palmito, tomate seco e aspargo, bastante colorido. Já firmou clientela sendo a estrelinha da noite dos freqüentadores de “O Atelier”.
O jeito de servir, entrada ou acompanhamento é critério dos freqüentadores, esse artesão prefere como antepasto.
 
 




Antepasto ou salada servido no Atelier

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O artesão e dois vinhos para bacalhau.

     Monte Vilar é um vinho em que predomina a vinha Alicante Bouschet, é um vinho regional do Alentejo. A Pizzato da Serra Gaúcha também produz um vinho Alicante Bouschet e cultiva esta cepa, ambos os vinhos português e gaúcho são muito parecidos em aroma, bouquet e corpo.
     Isso faz lembrar um dos maiores entendedores de vinho do nosso país e que já se foi Saul Galvão que dizia bacalhau não ser um prato a ser servido com tintos. Admirador do escritor o contradigo, mesmo que ele já não tenha o sagrado direito de argumentação. Tintos são servidos com bacalhau para a grande maioria dos portugueses. É o caso dos dois vinhos citados, o português Monte Vilar e o Alicante Bouschet da Serra Gaúcha. Bacalhau à Gomes de Sá, Bacalhau às Natas e Bacalhau de Consoada que esse autor experimentou uma verdadeira preciosidade a degustação, experimentem. 

                                  Dois bons vinhos de excelente custo-benefício