segunda-feira, 12 de novembro de 2012



O Xixo e as Suas Influências

Xixo gaúcho, churrasquinho árabe ou espetinho grego?

O xixo na gastronomia da atualidade no Brasil é consumido em toda a região sul. Sendo divulgado como comida típica no Rio Grande do Sul, erroneamente, pois a terra gaúcha não tinha no princípio a produção de legumes usada neste prato (cebola, tomate e pimentões). O que possivelmente existiu foi aculturação uma vez que nós gaúchos somos simpáticos a arte de assar. As influências devem ter sido múltiplas, mascates libaneses, turcos, sírio-libaneses e gente origem grega, parecem ser os donos dessa técnica de intercalar cubos de carne de boa qualidade com legumes, cebola, tomate e pimentões, no plural por que as espécies usadas podem ser a das três cores: verde, amarelo e vermelho. Um subsidio para reforçar argumentação do artesão é esta receita retirada de um livro de culinária libanesa “Histórias e Receitas da Família Madi de Julieta Riscalla Madi”.

Zahm-michwye (Espeto de Carne Cortada)

Ingredientes:
- 500g de carne (filé, alcatra ou uma carne macia) cortada em pequenos cubos;
- cebolas pequenas ou cortadas em quadrados quando grande;
- 4 tomates cortado em quatro
- 1 pimentão vermelho ou verde, também cortado em quadrados;
- sal, pimenta síria e azeite para temperar;
Prepare os espetos com a carne, intercalando a cebola, o tomate e o pimentão.

Modo de Preparo:
Asse na brasa e é da cultura árabe assar também no álcool, da mesma maneira que a *cafta.
* cafta é outro espetinho árabe, este feito de carne moída, temperado com pimenta síria e hortelã. Também erroneamente divulgado como culinária gaúcha, inclusive em livro do SENAC, alguns chamam a cafta aqui no rio grande de “churrasco de boi moído”.

 Xixo a moda gaúcha:
cubos maiores de filé mignon, pimentão de duas cores, tomate, cebola e o espeto normal usado para churrasco. É comum o uso de um espeto especial e mais fino para a feitura do xixo

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