O homem na cozinha, livros e
amigos
O homem na
cozinha iniciou como um modismo no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Nos
dias de hoje o homem é um aficionado da cozinha o que era hobby transformou-se
na normalidade.
Logo
que iniciou a divulgação do “o homem na cozinha” houve todo um interesse por
parte de alguns em busca de conhecimento para exercitar a arte de cozinhar. Vem
dessa época gostosas gentilezas que recebi de alguns amigos entre eles dona
Odeima e Pascoal e Sandra. A primeira havia eu lido uma resenha em Zero Hora sobre o livro “Homem
de Pelotas na Cozinha” editado pela editora Livraria Mundial em 1995. Numa
conversa com dona Odeima, contei do livro e da dificuldade de comprá-lo em uma
das viagens que fazia a sua terra natal Pedro Osório trousse o livro, me
apresentando a livraria centenária e um receituário da melhor qualidade.
Bem
mais tarde em uma viagem a Portugal recebi do casal Pascoal e Sandra o livro
Doçaria Conventual Portuguesa. Havia eu pedido a Pascoal que me trouxesse o
livro sobre doces conventuais, pois era possuidor de alguns livros de doces
Conventuais da Ilha da Madeira e dos Açores. Esse artesão é um curioso desta
arte conventual. Não esperava os referidos presentes, mas os amigos mostraram
que gastronomia também é gentileza. A eles a minha gratidão pela contribuição gastronômica.
Livro que descreve a confraria de gourmets de Pelotas, mostrando a tradição culinária daquela cidade
Doce Conventual
São conhecidos nos países de
colonização portuguesa, a principal característica é a simplicidade dos
ingredientes, mas é preciso muito esmero na feitura para atingir o objetivo de
um doce perfeito. O pão-de-ló é um dos doces mais conhecidos da culinária
portuguesa, disseminou-se pelo mundo. Vem do presente recebido essa receita:
Pão-De-Ló de Alfeizerão
12 pessoas
Ingredientes:
- 4 ovos;
- 8 gemas;
- 250g de açúcar;
-125g de farinha;
- 1 colher de sopa de aguardente;
- raspas de meio limão;
- manteiga para untar.
Modo de preparo:
Bata
as gemas, os ovos e o açúcar, com a raspa de limão e a colher de aguardente, até
obter um creme fofo e volumoso. Junto suavemente a farinha sem bater muito. Unte
uma forma com manteiga. Leve ao forno a 180°C durante cerca de 20 minutos. Deve ser
desenformado cuidadosamente para não abrir. É retirado do forno úmido e não
seco.
Nota: para o pão-de-ló de alfeizerão há umas formas
artesanais feitas propositadamente. Isso em Portugal. Aqui pode
fazer em forma redonda lisa forrada com papel manteiga.
Fotografia: António Rosado |
Os doces conventuais extrapolaram as paredes dos conventos e são servidos em casas da especialidade. (Portugal).
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