domingo, 19 de junho de 2016

A feijoada


Luis da Câmara Cascudo em seu livro "História da alimentação do Brasil" faz abordagem do binômio feijão-e-farinha, a feijoada.
Feijoada completa (sempre incompleta), feijoada carioca, começou a ser servida nos moldes que é servida hoje entre o ano de 1890 e 1910. A feijoada tem um histórico de folclorismo e de ritual quando as pessoas se reúnem a mesa para boa conversa ou boa musica. Foi divulgada pelos poetas do Brasil: Vinicius de Moraes e Chico Buarque. Os historiadores também dedicaram atenção a feijoada com versões de aproveitamento de sobras para alimentar os escravos e ainda a Europa sempre comeu feijão, feijão branco, favas e outros similares influenciando a feitura do prato. Todos com embutidos salgados ou carnes na sua elaboração.
Nos anos oitocentistas, estrangeiros experimentaram e deixaram suas impressões sobre o feijão à brasileira. Saint-Hilaire, 1817, Maria Graham, 1821, Henry Koter, 1810, Carl Seidler, 1826. Alguns com boa impressão, outros uma impressão menos boa.
Hoje a feijoada disseminou-se pelos restaurantes do Brasil, encontrando o maior consumo no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre/RS.

Receituário da Dona Benta, da Sonia Rosa, do Luis da Câmara Cascudo ou da Helena B. Sangirardi, todas
as receitas, primores da nossa cozinha nacional que merece ser cantado em todas as línguas.


Prato individual da maneira que é servido em restaurante: as miudezas, pés, rabos e orelhas
perdem o espaço para ingredientes mais leves, como charque, linguiça calabresa e paio.

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