O Xixo e as Suas Influências
Xixo gaúcho, churrasquinho árabe ou
espetinho grego?
O xixo na gastronomia da
atualidade no Brasil é consumido em toda a região sul. Sendo divulgado como
comida típica no Rio Grande do Sul, erroneamente, pois a terra gaúcha não tinha
no princípio a produção de legumes usada neste prato (cebola, tomate e pimentões).
O que possivelmente existiu foi aculturação uma vez que nós gaúchos somos simpáticos
a arte de assar. As influências devem ter sido múltiplas, mascates libaneses,
turcos, sírio-libaneses e gente origem grega, parecem ser os donos dessa técnica
de intercalar cubos de carne de boa qualidade com legumes, cebola, tomate e pimentões,
no plural por que as espécies usadas podem ser a das três cores: verde, amarelo
e vermelho. Um subsidio para reforçar argumentação do artesão é esta receita
retirada de um livro de culinária libanesa “Histórias e Receitas da Família
Madi de Julieta Riscalla Madi”.
Zahm-michwye (Espeto de Carne
Cortada)
Ingredientes:
- 500g de carne (filé, alcatra ou
uma carne macia) cortada em pequenos cubos;
- cebolas pequenas ou cortadas em
quadrados quando grande;
- 4 tomates cortado em quatro
- 1 pimentão vermelho ou verde,
também cortado em quadrados;
- sal, pimenta síria e azeite
para temperar;
Prepare os espetos com a carne,
intercalando a cebola, o tomate e o pimentão.
Modo de Preparo:
Asse na brasa e é da cultura árabe
assar também no álcool, da mesma maneira que a *cafta.
* cafta é outro espetinho árabe, este feito de carne moída,
temperado com pimenta síria e hortelã. Também erroneamente divulgado como culinária
gaúcha, inclusive em livro do SENAC, alguns chamam a cafta aqui no rio grande
de “churrasco de boi moído”.
Xixo a moda gaúcha:
cubos maiores de filé mignon, pimentão de duas cores, tomate, cebola e o espeto normal usado para churrasco. É comum o uso de um espeto especial e mais fino para a feitura do xixo