sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Uma viagem gastronômica, os alunos e a Universidade do Vale.

            Uma viagem a Minas Gerais feita pelo artesão professor João Manoel e quinze alunos. Uma viagem gastronômica estimulando o imaginário mineiro e o paraíso das suas iguarias. Tudo fomentado na história e na formação de Minas. Com o oferecimento de curso de extensão do Centro Universitário UNIVATES. A Universidade do Vale do Taquari, vale a pena viajar pelo blog vendo os pratos da culinária mineira.



Leitão à Pururuca

Parecendo uma obra do Barroco Mineiro, a arte do feio. Uma iguaria das melhores desta cozinha.








O artesão com feijão de tropeiro e lombinho de porco assado, algo que o conviva antes de comer deve agradecer ao seu Deus seja qual for, o dom da vida do porco e meditar sobre a alegria de viver... 
Este é o Modelo de jantar mineiro segundo o cronista Antônio Torres (1885-1934). 







Prato com a culinária de Minas, leitão, feijão tropeiro e couve à mineira. Podendo ser harmonizado com vinho.










Sugestão:



O Fausto Rose 2011 da Pizzato, um rosado de Merlot, cor cereja, que alguns poderão descrever como salmão, muito viva e brilhante, linda de se ver, aromas de frutas como morango e caqui, florais discretos aparecendo após algum tempo em taça, e um fundo de especiarias, onde o cravo se destaca. Em boca, confirma, sobretudo as frutas e o cravo, com algumas “agulhinhas” que vão sumindo, e noção, apenas noção, que é doce. Acidez equilibrada com o álcool de 12,5%.









 Kasseler à Mineira (cozinha germânica Brasileira)

Um experimento do professor artesão e seus alunos. Não sabiamos se estávamos em Berlim ou no confim de alguma fazenda em Minas Gerais.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O artesão, um prato regionalista e outro afrancesado.

            Esta semana Farroupilha do ano de dois mil e onze, fez com que este artesão fizesse um prato singular da culinária Gaúcha. Falo singular pelo fato de outros pratos como a rabada, o feijão mexido e até outros não serem exclusivos do Rio Grande do Sul, por isso a singularidade do matambre rio-grandense. O matambre: vem do espanhol, “mata hambre”, que significa “matar a fome”. O gaúcho campesino aproveitava-o como carne de churrasco logo após abater a rês no campo. Hoje é preparado na panela e recheado com bacon, cenoura e pimentão ou ainda com lingüiça calabresa, adquiriu uma maior sofisticação acompanhado pelas massas italianas. Disse que as massas podem ser as guarnições adequadas para esse prato, mas o artesão resolveu inovar e o acabamento escolhido foi uma batata gratinada e o que era para ser um prato regionalista ganhou a companhia de um chic francesismo.

Matambre "comida hoje assada ou cozida em panela. A matambre era o primeiro corte após a rês ter sido abatida. Surravam o matambre em uma pedra e assavam no espeto e em braseiro. Hoje é um prato sofisticado da culinária gaúcha com influência castelhana". 
(Caderno de gastronomia da ZH, sexta-feira, 2 de setembro de 1994).







Gratin à francesa
(guarnição para o matambre)

            Esta receita foi retirada do livro “Minhas Receitas da Provence” de Patrícia Wells, o nome original desta receita é Gratin Dauphinois que preferi alterar para o título a cima para um melhor entendimento.

Utensílio a ser utilizado: um prato refratário.

Ingredientes:

1 dente de alho, grande e fresco descascado e cortado ao meio
1 ½ Kg de batatas, descascadas e cortadas em rodelas finas
150g de queijo parmesão ou ementhal
2 xícaras de leite integral
1 pote de nata ou creme de leite fresco
Sal e pimenta-do-reino, moída na hora e a gosto.

Modo de preparo:

  1. Preaqueça o forno a 200ºC
  2. Esfregue o alho no interior do prato refratário.
  3. Numa tigela grande junte as batatas, ¾ do queijo, o leite, o creme de leite, o sal e a pimenta do reino. Misture bem. Com uma colher, pasce a mistura para o prato refretário; regue o líquido por cima das batatas. Polvilhe com o queijo restante.
  4. Ponha no centro do forno e asse até que as batatas estejam cozidas (poderá ser adotado o processo de pré-cozinhá-las e ai sim levar ao forno) deverá ser servido quando estiver tostadas e crocantes, acrescente o restante do queijo quando estiver quase pronto.




 Gratin Dauphinois, prato da provence